No meio de muita música e disse tudo, que nem sei se importa, deixo um rabisco ( onde começo a terceira parte do Rabiscos Acalantos ) e um escrito que fala do meu canto...

Meu Acalanto
Num acalanto esbelto, tardio
Guardado esmaltado
Por entre alqueire baldio
Dança meu cântico desalmado
Latente, arredio
Sob findares dos afazeres solares
Chora bucólico, de lágrima empunhada:
Poeira soturna de pé pela estrada
Entre rasgos por estrofes banhadas
Meu acalanto
Um taciturno
Canto de dor desenfreada
Acalanto esse fiel no levante
Vento cognato a orgasmo latejante
Como candeia com azeite e fogo de enfeite
Cântico frenético em extremo deleite
Toada nova, peituda, desenfreada
Mateira urbana prostituizada
Açoite de garganta pobre
A moer melodias de porte límpido e nobre
Pomposo acalanto
Criminoso perfeito
Ladrão que à espreita forja escapar do peito
Donde brota, vomita , arrota
Esse refrão imperfeito
Cantiga puta perversa
Que o peito toma, enruga
Estupra, infesta
Retomando a nostalgia, a fuga
Lapidando monotonia d’um refrão desafogado
Outrora grito desgraçado
Que agora num sorriso amarelo
Desvaira canto louco, singelo