Belo Horizonte, 23 de outubro de 2010

Esse dia foi histórico. Foi uma correria só. O Emmerson trouxe uma pacoteira de vinil pra me dar de presente e depois da passagem de som no Chevrolet Hall eu fui pro hotel onde o Emmerson estava pra pegar as bolachas. Aí começamos a ver vídeos e papear sobre lps e esquecemos do horário. Fui correndo pra casa da Kekê pra tomar banho e o horário já estava vencendo... Pra completar pegamos um super-hiper congestionamento e o trânsito parou ali na Contorno com Viçosa. Quando eu vi que não tinha jeito de andar eu dei a chave do carro pra Andrea (minha amada sogra) e sai correndo de pé no asfalto em disparada. Fui chegando na portaria do Chevrolet Hall com o Pirituba ( produtor do Emmerson) já me esperando pra me levar direto pro palco. Não deu nem pra beber um tiquim d’água.... Cheguei ofegante, peguei meu violão e a casa já estava lotada. Eles me anunciaram e deu aquela respirada rápida para atacar os primeiros acordes com as pernas bambas e o coração pra lá de mil... Mesmo na frente da cortina e sem iluminação o povo não parava de me aplaudir. Agradeci a Deus mais uma vez, terminei minha breve apresentação de abertura do show do Emmerson e mjuito ovacionado fui assistir o show juntamente com as meninas que tiveram uma entrada triunfal 15 minutos depois da minha, na mesma portaria do Chevrolet naquela confusão do mundaréu de gente entrando.... Cena quase de filme... Mais de cinco mil pessoas! O show do Emmerson foi impecável e eu ainda tive a felicidade de participar de Sweet Home Alabama e também a honra da banda toda sair do palco para eu executar meu picaretoso mas não menos singular Trance Caipira, batizado pelo próprio Emmerson. Missão cumprida, comprida, corrida noturna e camisa suada para enfrentar outra maratoninha de fotos e sorrisos no camarim. Que Deua abençoe Emmerson Nogueira e sua banda e todos presentes naquele dia que foi um dos mais importantes até agora na carreira desse humilde semi-caipira que vos escreve.